Depois de me acalmar na estrada, finalmente consegui retomar o controle e continuar dirigindo.
Quando cheguei em casa, Nina me olhou com curiosidade e perguntou:
— Você não saiu antes de mim? Por que chegou só agora? Achei que tivesse ido almoçar com a Bela.
Balancei a cabeça e respondi:
— Não, só peguei trânsito. Vim dirigindo devagar.
Coloquei no chão a caixa que estava carregando. Era o último conjunto de itens pessoais que eu havia trazido do escritório.
Nina percebeu que algo estava errado e se aproximou, preocupada:
— Você está bem? Está triste por ter vendido a empresa? Eu sei que essa marca foi o seu maior projeto, seu sonho de anos. Deve ser difícil deixar tudo para trás assim, de repente...
Suspirei, tentando disfarçar o cansaço emocional:
— É claro que dói um pouco. Foram muitos anos de dedicação, mas já está feito. Não adianta ficar remoendo.
— Então, o que houve?
Olhei para o sofá e, sentindo o peso do dia nas costas, me joguei ali, completamente exausta. Depois de respira