Enquanto olhava pela janela do avião, vendo a cidade que eu tanto amava desaparecer lentamente no horizonte, as lágrimas começaram a cair como uma tempestade que eu não conseguia controlar.
A jovem que estava sentada ao meu lado percebeu meu estado e, sem dizer nada, estendeu um lenço de papel.
— Obrigada. — Agradeci, tentando sorrir, mas minha voz estava embargada.
Ela apenas assentiu, respeitando meu espaço, e eu me concentrei em acalmar meu coração. Precisava aprender a esconder essa dor, a enterrá-la onde ninguém pudesse alcançá-la.
A longa viagem me exauriu física e emocionalmente. No final, acabei adormecendo, mergulhando em um sono agitado que, por algumas horas, me deu alívio do sofrimento.
Dois anos depois.
Era Natal mais uma vez. Bela veio para a Inglaterra para passar o feriado comigo e, claro, para ver seu afilhado, Jackson.
Fui ao aeroporto buscá-la, levando Jackson no carrinho de bebê. Assim que vi minha melhor amiga aparecer, acenei animadamente.
Jackson, sentado no carr