Parei de andar e me virei para Amélia, olhando diretamente em seus olhos. A inquietação dentro de mim era insuportável, como se algo estivesse prestes a desmoronar.
— Amélia, acho que seu irmão pode realmente estar encrencado. Talvez nem sua mãe saiba, mas acredito que seu pai saiba de algo.
Amélia me encarou, visivelmente abalada, mas tentou se convencer do contrário:
— Não pode ser… Meu irmão estava bem na noite passada, voltou para casa sem problemas…
— Eu também não entendo, mas sinto que algo está errado.
— Não se preocupe. Quando eu voltar para casa, vou perguntar para minha mãe.
— E seu pai?
— Ele é sempre tão ocupado. Saiu cedo esta manhã para um compromisso. Ele mal tem tempo para ficar em casa.
Fazia sentido. Com a posição do pai de Jean, era improvável que ele tivesse tempo para descansar.
Amélia também parecia abalada depois da nossa conversa. Perdemos interesse em continuar as compras e decidimos encerrar nosso passeio. Ela foi para casa, dizendo que tentaria descobrir mai