Eu já havia consultado meu advogado sobre o assunto e sabia o que esperar, mas, ao ouvir o que Isabela acabara de dizer, fiquei levemente surpresa. “Como assim? Ele vai sair tão rápido?” A eficiência do processo parecia absurda.
Percebendo minha expressão de dúvida, Isabela se apressou em explicar:
— Se ele não sair logo, vai acabar morrendo lá dentro!
Decidi acompanhar o tom dela e respondi:
— Então, se ele está tão doente, interná-lo em um hospital seria apenas um desperdício de recursos médicos. Além disso, ele só vai prolongar o próprio sofrimento.
— Kiara, você não tem coração! — Isabela elevou a voz, indignada. — Ele é seu pai! Se não fosse por ele, você nem estaria viva!
— Se eu pudesse escolher, preferia nem ter nascido a ter um pai tão desprezível quanto ele! — Retruquei sem hesitar.
Isabela ficou tão irritada que começou a tremer. Seus lábios se moviam, mas parecia incapaz de formar palavras. Seus olhos ficaram vermelhos, ameaçando chorar.
A raiva que eu havia guardado por ta