Eu me afastei um pouco do peito de Jean e virei a cabeça para olhar meu joelho. Mas meus olhos estavam cheios de lágrimas, e tudo parecia embaçado.
Jean olhou para mim e, para minha surpresa, sorriu:
— Está chorando? É tão assustador assim?
Eu o odiei naquele momento. Odiei o fato de ele ter me feito passar por essa “tortura”. Então, preferi nem responder. Ele, no entanto, parecia não se importar. Tirou um lenço do bolso e o estendeu para mim:
— Vai querer se limpar sozinha ou prefere que eu faça isso por você?
Com um biquinho nos lábios e cheia de ressentimento, arranquei o lenço da mão dele e limpei minhas lágrimas. Quando comecei a me acalmar, pensei em me afastar e fingir força, mas, antes que pudesse, o médico se aproximou novamente.
— Agora vou movimentar as agulhas. Não se preocupe, não vai doer.
Olhei para as finas agulhas de aço que cutucavam minha pele inchada e avermelhada, subindo e descendo nas mãos do médico. O medo tomou conta de mim novamente, e, sem pensar, virei o ros