O quê? Davi estava morrendo? Ontem ele não estava participando da celebração da escola, cheio de confiança, ainda por cima me incomodando? E agora, de repente, ele estava à beira da morte?
Depois do choque inicial, minha lógica voltou ao controle. Mesmo que ele morresse, isso não tinha absolutamente nada a ver comigo. Respondi com calma:
— Eu não sou médica. Como poderia salvá-lo? Além disso, nós já estamos divorciados. Ele não tem mais nenhuma relação comigo.
— Kiara, você pode salvá-lo! — Eduarda, completamente diferente da mulher que me insultava ontem à noite, agora falava com desespero e submissão. — Ele precisa de uma transfusão de sangue. O banco de sangue não tem o suficiente do tipo RH negativo. Mesmo que procurem outra pessoa, não vai dar tempo. Só você pode ajudá-lo!
Por dentro, senti um frio intenso. Era evidente que a mudança de atitude dela tinha um motivo claro: eles perceberam que eu ainda era útil, que eu poderia ser usada como uma máquina de transfusão de sangue.
— Se