Eu, completamente envergonhada e nervosa, interrompi Jean apressadamente:
— Eu vou resolver tudo. Confie em mim.
Ele assentiu com a cabeça, e as feições perfeitas e marcantes dele pareceram se iluminar com certa emoção:
— Tudo bem, eu confio em você. E… espero por você.
— Hum.
— Está frio lá fora. Suba logo. Qualquer coisa, me ligue.
— Certo. — Concordei com um aceno enquanto recuava alguns passos. Também o alertei. — Volte para casa e descanse cedo. Não se esforce demais. Sua saúde é o que sustenta seu trabalho.
— Vou fazer o que você disse.
— Tchau.
— Até logo.
Caminhei em direção ao prédio, me virando para trás a cada poucos passos, meus olhos buscando Jean. Mesmo depois de entrar no portão e no elevador, ele continuava parado ali, me observando.
Quando finalmente cheguei ao meu apartamento, fui até a varanda e olhei para baixo. O carro dele ainda estava lá, estacionado. Por causa do ângulo, não consegui enxergá-lo, mas eu sabia que ele ainda estava ali.
Apoiando-me no parapeito da