Engoli em seco, deslizei um pouco para frente na cadeira e estendi o braço direito, puxando a manga para cima. O ferimento em si não era grave, mas minha pele clara fazia com que aquela marca avermelhada parecesse muito mais chamativa.
Nas bordas, a pele já estava retraída devido à cicatrização, formando pequenas elevações. Quando a manga roçou no ferimento ao ser puxada, senti uma dor incômoda, como se formigas estivessem mordiscando a área. Franzi levemente a testa sem perceber.
Isso foi suficiente para que Jean ficasse imediatamente sério:
— Um corte desse tamanho e você não fez nenhum tratamento? — Ele olhou para o ferimento, a expressão carregada.
Sorri de leve:
— Não está mais sangrando. Tá tudo bem.
Ele ignorou meu comentário. Com o rosto rígido e as sobrancelhas franzidas, segurou minha mão com naturalidade e puxou meu braço um pouco mais para o lado dele. Observou o ferimento com cuidado:
— Você desinfetou e passou algum remédio?
— Desinfetei ontem à noite, assim que machuquei