“Não pode ser” era a frase que ecoava repetidamente na minha cabeça. Entrei em completo estado de negação. Quais eram as chances daquilo ser verdade? Eu devia estar sonhando, só podia ser.
William se desvencilhou dos braços dela e veio em minha direção, eu acho que ele estava falando algo, talvez chamando meu nome. Mas eu não conseguia ouvir nada além de um zumbido estridente.
Meus olhos ainda estavam fixados no ponto onde eles estavam anteriormente, eu não conseguia mover um único músculo. Senti William me chacoalhando e comecei a mover meus olhos em sua direção. Meu olhar passou por Laura que deslizava os dedos sobre os lábios com um sorriso prepotente.
Quando eu finalmente alcancei os olhos de William, havia algo lá, uma mágoa misturada com desespero, não sei dizer ao certo. A única coisa que sei dizer é que quando o controle do meu corpo retornou, eu agi por impulso e antes que pudesse perceber, minha mão estava voando contra o rosto dele.
Houve um silêncio que sucedeu o estalo d