A Carmem entrou na cozinha completamente desesperada e colocou as mãos para cima, como se quisesse coloca-la na cabeça, mas parou no meio do caminho.
– Senhor Santorini, solte a minha filha.
Mas ele estava tão descontrolado que não podia ouvir a velha senhora logo atrás dele. Os olhos tinham as pupilas tão dilatadas que ele já não se parecia o mesmo homem de sempre, e a Amélia sentiu que as ameaças do Cesare Santorini não eram tão vazias quanto pareceram num primeiro momento.
Ele ainda a apertava com firmeza e agressividade, e ele ainda parecia completamente descontrolado ao encara-la. A garota tinha certeza que o pescoço estaria roxo no dia seguinte e sabia que se sobrevivesse, usaria aquilo como mais um troféu. Sexo violento, agressão domestica... Dependeria apenas do humor e o que ele estava disposto a fazer para faze-la se calar.
A sensação de estar completamente sem ar a deixava aflita e com medo da morte, mas ela encarou o Cesare com firmeza por que sabia que ele não ser