Minha saliva era cáustica. Um refluxo com gosto de composto químico subiu até minha garganta, e eu achei que vomitaria.
Estava sonolenta, sentada desconfortavelmente. Tentei me mexer e percebi minhas mãos amarradas atrás das costas. Senti couro sintético sob mim. Pequenas gotas de chuva batiam em vidro. Quando finalmente consegui enxergar, notei que o escuro era diferente. Eu estava dentro de um carro, no banco do carona.
Olhei ao redor. O banco do motorista estava vazio e a chave não estava na ignição. Era o Range Rover.
Havia árvores ao redor, e nenhuma fonte de iluminação. Chuviscava. Eu não sabia se ainda estava perto da fábrica abandonada ou em outra parte da floresta.
Lutei contra a vertigem e me curvei para alcançar a maçaneta da porta, usando o tato como recurso. Puxei, mas a porta não se abriu. Então, empurrei meu corpo co