Parte Quatro: Tijolos Amarelos - XXXV

Era como não conseguir despertar de um sono inquieto.

Eu sabia onde estava, mas estava em muitos lugares. O tempo era como uma criança, tentando encaixar a peça quadrada no buraco circular — no triangular, no retangular… várias outras formas geométricas, até, finalmente, encontrar o encaixe correto.

A discussão na cozinha do apartamento. Giu me olhando com estranhamento no quarto da pensão, após eu sair do banheiro com a blusa molhada e suja de café. O corpo de Eva, suspenso no ar. O gosto podre da corda. O cheiro característico do hospital. Os quadros post mortem no museu. As mãos que apertavam minha garganta. O beijo. As plantas do pomar. A chuva…

De novo, mas diferente. De novo e igual.

Algo estava finalmente mudando. As peças voltavam a se organizar. Senti meus braços, minhas pernas… mas não meu peso. Estava flut

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