Agora meu grito foi um soluço. Não desviei o olhar um só instante do canivete, enquanto ele percorria o trajeto em câmera lenta em direção ao meu peito.
O homem parou diante de mim. A princípio, apenas como se fosse deixar o pânico me devorar um pouco mais antes que ele finalmente fizesse o que pretendia. Mas vi suas duas mãos serem puxadas para trás; ele se abriu como se estivesse sendo pregado numa cruz. Não era à toa: uma segunda silhueta surgia às suas costas, surpreendendo não apenas a mim.
Instintivamente, abaixei-me e tentei me esconder atrás de uma árvore. A corda presa não permitiu.
O homem encapuzado se virou, e teve seu pulso torcido por quem havia acabado de fazê-lo parar. Reconheci instantaneamente a nova figura. Apesar do escuro, dos cabelos agora curtos e do rosto barbeado, identifiquei Leon.
A figura misteriosa o empur