Parte Três: Post Mortem - XXVI

À minha frente, um jazigo. Eu costumava gostar de visitar cemitérios quando mais nova. Lá pelos nove anos, assistira ao sepultamento de minha avó. Havia sido um dia triste para toda a família, especialmente para minha mãe; entretanto, eu me sentira inspirada durante toda a manhã.

Enquanto os familiares prestavam suas condolências uns aos outros ou se despediam da senhora no caixão, eu caminhava por entre as lápides, analisando a data de nascimento e de falecimento de cada pessoa sepultada. Fazia as contas, “quantos anos essa moça tinha quando morreu? Será que sofreu? Será que foi de repente? Acreditava em vida após a morte? Tinha posses? Sentiu medo, arrependimento, alívio?”. Quem visitava o cemitério, via a terra para onde todos eram mandados quando seu tempo no mundo expirava. Como criança, eu via personagens. Cada nome entalhado, cada fotografia

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