POV Sophia Sinclair
O mundo lá fora parecia um filme passando em câmera lenta. As luzes da cidade me engoliam. Os carros buzinavam. Pessoas falavam. Mas nada fazia sentido. O táxi me largou numa rua que eu nem conhecia. Desci sem pensar. As pernas trêmulas me levaram até um beco qualquer. E ali, encostada numa parede fria, eu chorei.
Chorei como nunca. Chorei por ela. Pela mulher da foto. Chorei por mim, por esse amor doentio, por tudo que eu não entendi e por tudo que entendi tarde demais. A lua pairava no céu como testemunha silenciosa da minha ruína.
“Você não é como ela.” Mas e se eu fosse? E se, no fundo, ele me quisesse por isso? Por ser mais jovem. Por ser moldável. Por ser a última promessa que ele quebrou?
Meu celular tocou. Desliguei. Outra chamada. Desliguei de novo.
— Só mais um pouco… — murmurei, abraçando os joelhos.
Eu queria ficar ali pra sempre. Fugir do nome dele. Da voz. Do toque. Queria apagar cada marca dele da minha pele. Mas era tarde demais. Porque eu não estav