Tank abraçou a namorada como se quisesse impedir com o calor do corpo que qualquer coisa ruim acontecesse. O choro de Dállia não parava. O soluço que ela tentava conter só ficava pior e sentir o peito molhado fazia o rapaz tremer de medo.
— Fala comigo, minha flor. Eu te juro que eu não queria te machucar, você é tudo para mim, meu amor. Desculpa, eu não sabia, eu juro que eu não tinha ideia dessa loucura.
Quando a voz de Dállia finalmente saiu foi frágil como ele nunca tinha ouvido antes.
— Eu… ela disse que eu tava grávida. Mas agora eu acho… ela acha que perdi. Eu perdi o nosso filho, Tank.
Tank congelou. O corpo que antes a protegia ficou rígido como rocha. Os olhos se arregalaram como se não entendessem o que tinham acabado de ouvir. Ele se afastou ficou em pé, de um passo para trás, depois mais um.
Tank cambaleou, trançou a perna para não cair. Colocou a mão na parede, sentia como se estivesse dentro de um daqueles globos em que motociclistas ficam girando com as motos.
O glob