Capítulo 28

Sarah

O choro está preso na minha garganta. Minhas bochechas doem, assim como meus braços apertados pelo infeliz, mas olhar o documento do tratamento da Isa assinado me faz querer, pela primeira vez em meses, sorrir.

Enrico caminha em silêncio ao meu lado, seu olhar continua transparecendo ódio e suas mãos estão destruídas. Encaro confusa o carro que agora não tem mais motorista, esse, ao contrário do SUV que me trouxe, é um esportivo vermelho.

— Você está machucada? — Ele me olha assim que entramos no carro e eu suspiro.

— Não, mas as suas mãos estão. — Fecho os olhos por alguns instantes e volto a encará-lo — Foi você, não é?

— Eu o que?

— O tratamento, Enrico. Você pagou. — Dessa vez, eu sequer pergunto, pois já sei a resposta. — Obrigada...

Minha voz falha e eu luto tudo o que consigo para não desaguar, não agora. Enrico me olha e não responde, nem precisa, já que o semblante entrega bem as coisas.

— Acho que podemos falar sobre isso depois, não é? — Sugere — Te deixo em casa?

— N
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