CAPÍTULO 06

Sophia

Acordo e não tenho forças para abrir os olhos. Sinto minha cabeça explodindo e aos poucos, as memorias do dia anterior começam a voltar com força total. O estacionamento, a ligação, mamãe... Inevitavelmente algumas lágrimas escapam e rolam pelo meu rosto. Eu sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde, mas saber não diminui em nada a dor que estou sentindo. Mamãe sempre foi minha rocha, depois que perdemos o papai, ela foi tudo que me restou. Não tenho parentes vivos, meus pais eram filhos únicos, assim como eu e meus avós morreram quando eu era ainda bem pequena.

Mamãe me ensinou a lutar pelos meus sonhos, sempre me apoiou e aconselhou. Tudo que eu sou hoje, devo exclusivamente a ela. Sei que nada acontece por acaso e que tudo tem um propósito, mas sinceramente? Não faço a mínima ideia do que vai ser da minha vida de agora em diante e não sei se estou preparada para descobrir.

Abro os olhos tentando me acostumar com a claridade vinda da enorme janela, que vai do chão ao teto de uma parede inteira. Meu corpo todo dói, parece até que um trem desgovernado me acertou em cheio. Tento me sentar para me localizar melhor, mas um braço forte me impede. Olho para o lado e vejo o senhor Chang dormindo profundamente.

Mais uma vez as lembranças da noite anterior invadem minha memória, o hospital, o carro, Ethan... A meu Deus... nós... ele... eu... Não consigo acreditar no que eu fiz. Acusatoriamente as palavras começam a se repetir como um mantra na minha cabeça, "Me faz esquecer"... E ele fez, apesar das circunstâncias, foi a melhor noite da minha vida. Ethan foi carinhoso, cuidadoso, safado na medida certa. Mas nada disso muda o fato de que pedi ao "MEU CHEFE" que transasse comigo, e como se isso não bastasse, pedi que tirasse minha virgindade.

Instantaneamente sinto minha intimidade pulsar ao lembrar daquilo tudo entrando dentro de mim, doeu para uma porra, mas assim que a dor inicial foi passando, senti um prazer que jamais pensei ser possível. Não sei como vou conseguir encará-lo, eu nunca devia ter ultrapassado essa linha, e se ele me demitir? Eu preciso desse emprego. Como se adivinhasse meus pensamento, Ethan se mexe na cama e eu rapidamente fecho meus olhos fingindo dormir. Alguns segundos se passam e tenho a sensação de ser observada, tento controlar minha respiração pedindo aos céus que ele não esteja escutando as batidas frenéticas do meu coração desenfreado.

— Bom dia! — Ele fala, mas permaneço com o meu teatro. — Sei que está acordada Sophia. — Sem pensar, abro os olhos na mesma hora e acabo me entregando. Ethan solta uma gargalhada gostosa que arrepia todo o meu corpo. — Não vai me cumprimentar de volta? — Pergunta divertido e eu nego ficando mais vermelha que um tomate. — Vamos, estou esperando.

— Bom dia. — Respondo morta de vergonha.

— Dormiu bem? — Continua se divertindo com a minha desgraça e eu apenas me limito a assentir com a cabeça. — Está dolorida? — Aponta para minha menina e se eu já estava vermelha, provavelmente fiquei roxa.

— Só um pouquinho... minha cabeça e meu corpo estão doloridos. — Confesso, porque realmente estou sentindo muita dor.

— Espera aqui, vou trazer alguns comprimidos para aliviar a dor. — Ele sela nossos lábios rapidamente, me pegando de surpresa e se levanta da cama gloriosamente nu, indo em direção ao que penso ser o banheiro. Aproveito para dar uma boa olhada na bunda do meu chefe. Segundos depois ele retorna com dois comprimidos e um copo d'agua.

— Obrigada. — Agradeço ainda envergonhada.

— Como você está? — Pergunta sério e sei que dessa vez se refere à minha mãe, um nó começa a se formar na minha garganta.

— Eu ainda não sei como me sentir. — Admito. — Sei que ela está melhor assim e que não está mais sofrendo. Mas... ela era tudo o que eu tinha e não sei o que fazer daqui para a frente. — Tento engolir as lágrimas que ameaçam cair.

— Ei... — Ethan tira o copo das minhas mãos e segura meu rosto. — Eu estou aqui, não vou deixar você sozinha.

— Você não...

— Eu disse que não ia te deixar ir. Sei que você é forte e que passou por muitas coisas sozinha, mas eu estou do seu lado agora Sophia. — É impossível não me emocionar ao ver a sinceridade em seu olhar. Mas se tem algo que eu aprendi nessa vida, é o quanto as pessoas podem ser cruéis. Tudo que eu alcançar dentro da TechBuilders, vão dizer que é porque ele está comigo e não por mérito próprio. Eu não suportaria viver sendo taxada de vagabunda interesseira.

— Você tem que deixar Ethan. — Digo tirando suas mãos do meu rosto. — As pessoas são cruéis, eu sou apenas uma estagiária que está começando na vida. Não quero que as pessoas falem de mim.

— Sophia, me escute bem. Eu sei que te conheci ontem e no pior momento possível. Não consigo imaginar o tamanho da sua dor e isso acaba comigo. Mas eu quero que você saiba, quando coloquei os olhos em você, alguma coisa mudou dentro de mim. Ainda não sei dizer o que foi, mas estou disposto a descobrir. Quanto a empresa, fica tranquila que por enquanto seremos discretos. Mais depois quem ousar falar algo sobre a sua conduta, vai parar no olho da rua na mesma hora. Só não tente me afastar, porque eu não vou te deixar ir embora. — As palavras somem e minha boca fica seca. Ethan segura minhas mãos e prossegue.

— Ontem eu tentei me controlar, não queria te assustar. Quando você me pediu para fazê-la esquecer, tive medo de que fosse se arrepender depois. Você me deu um presente valiosíssimo que nunca vou me esquecer. Tem ideia do quanto fiquei feliz por saber que fui o primeiro homem a tocar seu corpo? A sentir seu gosto e ouvir seus gemidos? Você é minha Sophia, então não tente fugir.

Não consigo formular nenhuma frase, suas palavras tocaram fundo no meu coração. Ethan se aproxima e beija meus lábios com reverência, inconscientemente minhas mãos voam para os seus cabelos, enrosco os dedos sentindo a maciez dos fios. Ele segura minha cintura e aperta levemente, não consigo evitar um gemido. Tento aprofundar o beijo, mas ele se afasta.

— Não faz isso comigo Sophia, você está dolorida, não quero te machucar. Vem, vamos tomar um banho e depois um café reforçado. Você não comeu nada ontem, não quero que passe mal.

Ethan se levanta e me ajuda a levantar também, o lençol escorrega pelo meu corpo me deixando nua. Na mesma hora, ele crava os olhos em mim e minha pele se arrepia. Por dentro estou em chamas. Pressiono as coxas juntas para aliviar um pouco o desejo e involuntariamente meus olhos descem para sua ereção, me assusto ao ver o tamanho daquilo em plena luz do dia. É enorme, grosso e cheio de veias. Uma gota transparente brilha na cabeça do seu membro e minhas mãos coçam para saber se é tão macio quanto aparenta.

— Se você continuar a me olhar assim, vai ser difícil me controlar. — Alerta com uma voz rouca. Passo a língua pelos lábios ansiando saber o gosto daquela pequena gota. — Porra Sophia!

É tudo que consigo ouvir antes que suas mãos cravem em minha cintura colando nossos corpos, sua boca procura pela minha e iniciamos um beijo faminto. Enrosco os dedos no seu cabelo e puxo os fios sedosos com forca, Ethan solta um gemido abafado pelo beijo e me empurra até que caio deitada na cama.

— Eu tentei ser gentil e esperar princesa, mas você consegue despertar a ferra que existe dentro de mim. — Diz bem próximo a minha boca. — Agora, eu vou foder essa bocetinha apertada e você vai tomar todo meu pau quietinha.

As palavras que ele usa me deixam em ponto de ebulição. Sem que eu espere, Ethan me vira da barriga pra baixo e sobe minha bunda, me deixando empinada na sua frente. Com uma mão ele segura meus cabelos e com a outra segura minha cintura. Sinto minha intimidade encharcar e antes que eu possa falar alguma coisa, ele se enterra em mim em uma estocada só. Gemo descontrolada com a dor e o prazer que passa pelo meu corpo.

Ele se mantém parado e começa a distribuir beijos pelo meu pescoço, aos poucos a dor vai sumindo dando lugar a penas ao desejo. Timidamente rebolo e ele geme junto comigo, repito o movimento e dessa vez ele segura minha cintura começando um vai e vem lento e gostoso. Sinto aquela familiar sensação se formando no meu baixo ventre, Ethan acelera as estocadas até gozarmos juntos. Estremeço quando ele se retira de dentro de mim e caio exausta na cama.

— Eu te machuquei? — Pergunta parecendo realmente arrependido.

— Não.

— Eu vou te ensinar os meus gostos no sexo Sophia, garanto que você também vai gostar. Por hora, vou esperar você sarar, não quero correr o risco de te machucar e não consigo me controlar quando estou dentro de você. Agora vem, vou te dar um banho bem gostoso. — Pego sua mão estendida e o sigo até o banheiro.

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