Ponto de Vista do Giovanni
A última mensagem dela tinha apenas quatro palavras.
"Desejo que seja feliz." Fiquei olhando para a tela até que ela escureceu, até que o pequeno balão de digitação nunca mais voltasse. Meu polegar pairava sobre o botão de desligar, mas eu não consegui apertar. Talvez uma parte de mim ainda esperasse que ela mudasse de ideia. Do outro lado da sala, a voz de Elena rompeu o silêncio.
— Giovanni? Devíamos ir. Os sócios estão esperando.
Pisquei, me obrigando a voltar ao presente.
Ela estava parada na porta do meu escritório, usando um vestido preto justo e perfume demais. O cheiro chegou antes das palavras — rosas e álcool, forte o bastante pra arder.
Espirrei uma, duas vezes. Me dava alergia. Eu costumava achar que odiava o cheiro em si, mas agora percebo que era porque estava acostumado a algo mais suave — chá-verde e sabão. Jo cheirava assim. Quando entramos na sala de reuniões, o burburinho cessou. Investidores, sócios, advogados da família Romano, todos à