Ponto de Vista de Giovanni
A mensagem dela ainda ardia muito na tela.
"Desejo que seja feliz."
Eu já a tinha lido cem vezes e, de alguma forma, doía mais a cada leitura. Por um longo momento, fiquei ali parado, imóvel na cadeira de couro do escritório da Romano Holdings, o império que diziam ser meu. Mas naquele instante, eu não conseguia controlar nem o próprio coração. As imagens começaram a se misturar na minha mente, a voz dela, as mãos, a calma. Sete anos atrás, Jo nem deveria ter passado da entrevista. Sem nome de família. Sem conexões. Nada impressionante, exceto o modo como me olhou nos olhos e disse:
— Me dê uma chance, senhor Romano. Eu vou te orgulhar.
E ela conseguiu. Ficava até tarde, aprendeu cada idioma dos meus clientes, lembrava quem bebia bourbon e quem odiava charutos. Tornava o impossível fácil. Eu achava que ela era minha sombra. Mas, na verdade, ela era meu equilíbrio. Até a noite em que destruí tudo… O celular vibrou na minha mão, me trazendo de volta. Por um