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A Garota que Eles Trouxeram para Casa Me Substituiu

A Garota que Eles Trouxeram para Casa Me SubstituiuPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
KarenW  Completo
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Resumen
Índice

No meu doce aniversário de dezesseis anos, meus três irmãos chegaram em casa com uma garota chamada Sylvie. Eles disseram que eu deveria tratá-la como se fosse parte da família. Eu não achava que muita coisa fosse mudar. Mas, anos depois, tudo mudou. Jace, meu irmão mais novo, me empurrou escada abaixo por causa dela. Asher, o mais velho, que uma vez prometeu que me protegeria para sempre, me disse para ir embora. Então eu fui. Silenciosamente. Eles acharam que eu estava apenas fazendo drama. Então, levaram Sylvie para a França, sem nem se dar ao trabalho de verificar como eu estava. O que eles não sabiam era que eu havia assinado um contrato, um que me alinhava com o maior rival da nossa família, tornando-me a mais jovem química deles. Escrito em preto e branco, isso significava que eu jamais poderia voltar para casa. Na noite em que descobriram que eu havia partido de vez? Eles se despedaçaram. Cada um deles.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Ponto de Vista de Kaia

Eu podia sentir o ódio dos meus irmãos por mim, então decidi desaparecer, ir para um lugar onde eles nunca me encontrariam novamente.

— Já tomou sua decisão, Srta. Renner? Assim que assinar o contrato, você entende que sua vida, ela pertence ao Grupo Orman. Rescindir depois não será uma opção.

— Estou ciente. — Respondi, calma e serena.

Houve uma pausa do outro lado da linha, depois um sorriso quase imperceptível na voz do homem. — Então, seja bem-vinda, Srta. Renner. O Grupo Orman a aguarda.

Assim que a linha foi desligada, eu comprei uma passagem de ida para o México. A partida, era exatamente uma semana a partir de agora.

Uma semana. Isso seria tempo suficiente para organizar as coisas, resolver as pendências e cortar o cordão umbilical entre mim e meus irmãos, para sempre.

Eu hesitei talvez por um segundo, então disquei o número de Asher. Nenhuma resposta. Não que eu esperasse uma resposta.

Próximo, Noah. Sempre o mais distante dos três, mas pelo menos ele era educado o suficiente para fingir que não me odiava.

Ele atendeu após cinco toques.

— O que foi?

— Amanhã é véspera de Natal. — Disse eu. — Achei que talvez hoje, se não estiver ocupado, a gente poderia se encontrar.

Eu já sabia que eles estariam ocupados. Eles iriam levar Sylvie para algum resort caro, como sempre faziam todo ano desde que ela apareceu no meu aniversário de dezesseis anos e virou nossa família de cabeça para baixo.

Noah ficou em silêncio por um longo momento.

— Eu já preparei tudo. Só falta você aparecer. Até fiz o bolo de creme favorito da Sylvie.

A zombaria na voz dele foi instantânea.

— Você tem coragem de mencioná-la. Depois de tudo o que fez com ela? Ela ainda está no hospital. Torceu o tornozelo, febre...

Certo. A piscina. Sylvie tinha caído e, como eu estava mais perto, os três assumiram que eu a empurrei — mesmo depois de tanto eu quanto Sylvie termos dito que não foi o caso.

Ignorei a acusação.

— Então eu levo o bolo para o hospital. Sem problemas.

Eu nunca havia estendido um ramo de oliveira assim antes. Normalmente, eu desligava assim que alguém mencionava “o que eu fiz com ela”. Mas dessa vez era diferente. Eu estava indo embora. E antes de desaparecer de vez, eu precisava de um adeus adequado. Mesmo que fosse apenas para mim.

Uma voz suave veio do receptor. Sylvie.

— É a Kaia? Eu ouvi algo sobre bolo...

— Ela fez um para você. — Disse Noah, com uma voz tensa. — Disse que é o tipo que você gosta.

— Ai, que legal. A Kaia sempre faz os melhores bolos. — Disse Sylvie, soando como uma criança no Natal.

— Eu posso parar aí se quiser o bolo. — Falei suavemente.

Noah não disse sim, mas também não disse não. Eu interpretei o silêncio como um sinal verde e desliguei.

Chamei um táxi, fui direta para o meu apartamento e peguei o bolo de creme que havia feito essa manhã. Embalei-o com cuidado e amarrei com uma fita vermelha vibrante.

Quando cheguei ao hospital, já passava um pouco das seis. A suíte de Sylvie mais parecia um hotel de luxo do que uma sala médica, completa com cozinha e um cantinho de jantar. Mas só havia quatro cadeiras.

Eu já sabia qual não seria a minha.

Sylvie se iluminou ao ver o bolo. Ela até insistiu em colocar uma vela no centro e fazer um pedido antes de apagá-la. Depois cortou uma fatia, deu uma mordida, e seu rosto inteiro brilhou como um amanhecer.

— Que doce! Que perfeito! — Sylvie sorriu, radiante.

Eu sorri, mas não disse nada. Apenas cortei uma fatia para mim, peguei um garfo e me dirigi ao sofá.

— Vou comer aqui.

Jace me lançou um olhar afiado o suficiente para cortar.

— Alguém sabe qual é o lugar dela.

Asher piscou, surpreso por meio segundo, depois voltou a se preocupar com Sylvie.

— Ouvi dizer que a França é ainda mais bonita no Natal. — Sylvie falou, animada, cortando mais uma fatia de bolo. — E se todos nós fôssemos para lá quando eu sair do hospital?

Asher riu, passando a mão pelos cabelos dela.

— Onde você quiser.

Sylvie se virou para mim com os olhos grandes e esperançosos.

— Kaia? Vai com a gente?

Minha mão apertou a borda do prato. Eu estava nervosa o suficiente para as mãos tremerem, e o bolo quase caiu no chão.

— Provavelmente não. Vou sair em breve. Preciso... testar alguns novos produtos.

— Novos produtos? — Jace zombou. — Trabalhando até nos feriados. Acho que a gente deveria te dar uma medalha ou algo assim.

— Eu só pensei que...

— Está tudo bem. — Asher interrompeu, com a voz cortante. — Talvez seja melhor se a Kaia ficar longe por um tempo. Não queremos que a Sylvie caia em outra piscina.

O ar ficou gelado.

Eles não sabiam que essa minha "viagem" era permanente ou que eu estaria indo embora em uma semana, sem endereço para encaminhamento e sem intenção de olhar para trás.

— Bem, se você vai embora... — Asher disse, com frieza, voltando-se para o prato. — Se importa se a Sylvie se mudar para o seu antigo quarto na mansão?

Eu olhei para ele. Não havia afeto naquele olhar. Apenas uma formalidade, como se estivesse falando com uma estranha.

Jace se intrometeu novamente, com os olhos brilhando.

— Ela sempre foi mesquinha ao dividir o quarto com a Sylvie.

— Está tudo bem. — Respondi. — Ela pode ficar com ele. Eu vou tirar minhas coisas amanhã.

Os três irmãos me olharam então. Como se eu tivesse ganhado uma segunda cabeça.

Porque eu nunca tinha concordado antes, nem uma vez. E eles me odiavam por isso. Se Sylvie não podia ter o meu quarto, a "garota dourada" deles teria que se contentar com a suíte de hóspedes.

Asher estreitou os olhos.

— Não aceite coisas que depois você vai mudar de ideia, Kaia.

— Eu não vou. — Respondi baixinho. — Apenas cheguei a um entendimento sobre algumas coisas. É melhor que a Sylvie fique com o meu quarto. Assim, vocês podem cuidar dela.

Os lábios de Asher se curvaram em um sorriso gélido. Jace revirou os olhos. Noah ficou em silêncio, olhando fixamente para o garfo intocado.

O resto da noite passou em um borrão.

Sylvie anunciou que estava cansada. Esse era o meu sinal.

Peguei minha bolsa, me levantei e lhes dei um último olhar.

Por um segundo, apenas um, senti a tristeza que vinha segurando por anos se despedaçar dentro de mim. Uma vez, eu pertencia a esse lugar. Eu fui valorizada. Amada. Abraçada.

Agora, eu era apenas uma convidada. Uma que já havia ultrapassado o limite.

— Tchau. — Falei.

Nenhum deles respondeu.
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