Danilo pousou o chá e caminhou na minha direção.
Seu olhar fixo na velha foto na parede, ele falou, — Esta é a foto da minha família inteira, mas das pessoas ali, só eu restei.
— Foto de família? — Murmurei, apontando para a garotinha de vestido vermelho. — Esta também é sua família?
— Sim, é minha irmã. Ela tinha apenas dois anos naquela época. — A voz de Danilo estava baixa e sombria.
— Onde ela está agora? — Minha respiração ficou apertada, uma voz interna me dizia que talvez eu estivesse enganada.
Danilo caiu em um silêncio pesado, e eu, um pouco ansiosa, disse: — Tio...
— Ela desapareceu, justamente no dia em que tiramos aquela foto.
O coração começou a bater mais rápido com as palavras de Danilo.
— Como ela desapareceu? — Segurei as mangas de Danilo, quase sem pensar.
Danilo estava perdido em suas memórias, olhando para a foto ao falar: — Meus pais disseram que estávamos todos muito felizes naquele dia depois de tirar a foto. Eles até transformaram o chaveiro feito no estúdio fo