Logo depois, lá veio o Sebastião, entrando de supetão, já foi direto para o quarto, nem percebeu que eu estava dormindo no sofá.
O Miguel limpou o canto da boca, e eu vi uma mancha vermelha ali.
Sebastião saiu do quarto e o Miguel se pronunciou:
— Não precisa me achar sujo.
Nesse momento, o Sebastião viu que eu estava no sofá, talvez tenha notado que eu estava inteira, e seu hálito se acalmou um pouco:
— Então não deveria estar a provocando.
O Miguel pegou um lenço para limpar o canto da boca e foi até o bar, se serviu de um copo de bebida e deu um gole:
— Ela que está me provocando.
Aquelas palavras me deixaram desconfortável, será que o Miguel percebeu que eu estava me aproximando dele de propósito?
— Mas você não estava de olho nela o tempo todo?
O Sebastião também entendeu Miguel.
O Miguel ficou parado perto do bar, desabotoou dois botões da camisa branca, parecia mais despojado e selvagem do que de costume:
— Tião, lembre-se que você não é mais dela, ela está sozinha agora e tem