— George!
— George!
Eu também queria gritar, mas minha garganta parecia estar sendo apertada por uma grande mão, e eu não conseguia emitir som algum.
Nem sequer tinha forças para me levantar e ver o que tinha acontecido com George caído no chão.
— George, George, o que aconteceu? Fala comigo, George! — Mirela gritava, agitando George em seus braços.
Mas George permaneceu quieto, imóvel. Eu nunca o tinha visto tão quieto. Mesmo quando estávamos juntos na cama, ele sempre dormia de maneira leve. Nem precisava o chamar, qualquer movimento já o fazia perceber, e ele dizia baixinho:
— Não se mexe.
Mas agora ele não reagia às chamadas de Mirela.
O que aconteceu com ele?!
— Bruno, chama a ambulância, rápido, chama a ambulância! — Mirela gritou para Bruno, enquanto as lágrimas escorriam de seu rosto.
A palavra “ambulância”, dita por Mirela, me despertou, e um pensamento aterrador explodiu na minha cabeça. Finalmente, consegui reunir forças e comecei a me arrastar até George.
— Carolina, Tião!