— Deita direito, vou escutar seu coração! — Gilberto disse enquanto tirava o estetoscópio do pescoço.
Nós todos observávamos a cena em silêncio, tensos. George, que sempre tinha um semblante inabalável, estava claramente rígido, como se estivesse segurando a respiração.
Era apenas um exame, não uma cirurgia, mas, mesmo assim, dava para sentir o nervosismo dele.
Mais uma vez, percebi o quanto George prezava por Benedita. Sem pensar, segurei sua mão. Ele me olhou de lado, e eu apenas assenti levemente, tentando tranquilizá-lo.
Benedita, no entanto, parecia paralisada. Ela apenas olhava fixamente para Gilberto, como se estivesse hipnotizada.
Luana percebeu a situação e se aproximou, inclinando-se ligeiramente:
— Deita direitinho e deixa o Dr. Gilberto ouvir seus batimentos. Não dói nada.
Benedita já tinha falado com Luana antes e parecia ter criado uma simpatia imediata por ela. Foi só então que Benedita piscou os olhos e, obediente, se deitou na cama.
Eu percebi clarament