— Isso é mesmo uma pergunta? Ninguém gosta de ser enganado! — Respondi, sem hesitar.
Olhei para ele, desconfiada, e perguntei de forma direta:
— Por quê? Está pensando em me enganar no futuro ou já escondeu alguma coisa de mim?
George ficou em silêncio por alguns segundos antes de responder:
— Não.
A resposta parecia sincera, mas não pude deixar de reforçar minha posição:
— George, eu não tolero mentiras.
Ele engoliu em seco, e seu pomo de adão subiu e desceu lentamente antes de dizer:
— Eu sei.
Era bom que soubesse. Eu acreditava firmemente que as coisas precisam ser claras desde o início. Se um dia ele decidisse me enganar, não poderia me culpar por reagir.
O som do alto-falante do aeroporto anunciou o embarque de um voo internacional. Automaticamente, minha mente foi até Sebastião. Olhei de relance e, como esperado, lá estava ele, empurrando uma mala em direção à área de inspeção de segurança.
Para onde ele estava indo? Negócios? Ou...
— Carina, está na hora