Assim que disse isso, senti George apertar ainda mais minha mão. Ele piscou algumas vezes, e algo em seus olhos brilhou por um breve instante antes de desaparecer. Então, ele me soltou.
Me afastei rapidamente, esfregando a mão que ele havia apertado com força.
— Corrigi todos os erros que você marcou no arquivo. Quer dar uma olhada agora?
George não se moveu. Continuava deitado na poltrona, de olhos fechados.
— Não precisa. Vai descansar.
— Ah... Boa noite. — Respondi, me virando para sair.
— Carina. — A voz dele me chamou de repente.
Eu congelei. Ele me chamou de quê?
Carina era meu apelido de infância. Só meus pais me chamavam assim, e depois que eles se foram, apenas Luana usava esse nome de vez em quando.
Mas eu tinha certeza do que ouvi. George me chamou de Carina.
Virei-me, surpresa, e o encarei.
— Você me chamou de quê?
— Nada. — Ele continuava de olhos fechados. — Só... Fecha bem a porta pra mim.
Fiquei parada por alguns segundos, tentando entender, mas depois fui embora, fecha