Assim que falei, fiquei imediatamente constrangida. Me senti um pouco ridícula por ser tão direta, e imaginei que George também ficaria sem jeito.
Mas, para minha surpresa, ele não se afastou de imediato. Levou quase meio minuto até ele responder, com um simples:
— Hum.
Como assim, ele tão tranquilo?
Levantei os olhos para encará-lo, e foi só então que ele se endireitou, dizendo em seguida:
— Você tem problema de visão. Eu já tinha dito onde estava o arquivo e você ainda não achou. Como eu ia te ajudar sem me aproximar?
A explicação dele fazia sentido. Parecia que o problema era mesmo meu, com meus pensamentos nada inocentes.
George caminhou naturalmente até a outra cadeira, sentou e pegou o tablet, concentrando-se em algo. Eu o observei furtivamente mais algumas vezes antes de pegar minha xícara e beber um pouco do chá, tentando me acalmar e focar de novo no trabalho.
No documento que ele havia marcado, havia alguns pequenos erros, mas nada grave.
Ele poderia muito bem ter resolvido i