Esther deu um tapa no rosto de Marcelo.
Ele não fez nenhum movimento para evitar, aceitando o golpe de frente. O estalo foi forte, e logo uma marca vermelha se formou em sua pele.
Marcelo inclinou a cabeça para o lado, sentindo o rosto arder, mas logo voltou seu olhar frio e penetrante para Esther, como se a desafiasse a fazer mais.
Esther ficou perplexa, olhando para a própria mão. O tapa foi tão forte que ela sentiu a dor irradiar pelos dedos. Nunca tinha imaginado que chegaria a esse ponto. Durante os sete anos em que estiveram juntos, por mais que tivessem discutido, ela nunca tinha levantado a mão contra ele.
Aliás, ela imaginava que Marcelo, com todo seu orgulho e poder, nunca havia levado um tapa de ninguém em sua vida.
— Esther... — O nome dela saiu da boca dele com uma fúria contida, o tom gélido de quem estava à beira de explodir.
Esther, sentindo o peso da própria ação, rapidamente recuou e tentou se justificar, a mão ainda formigando:
— Eu não fiz de propósito... Se você nã