— Espera para ver. — Respondeu Marcelo, com um sorriso enigmático nos lábios, enquanto conduziu Esther para dentro do escritório, a segurando pelo braço.
Mal tiveram tempo de se acomodarem quando batidas na porta anunciaram a entrada da secretária. Visivelmente tensa, ela lançou um olhar hesitante na direção de Lorenzo e não teve a coragem de falar.
— Diga logo! — Ordenou Marcelo, impaciente.
— O Mika está lá embaixo, senhor. Ele está difamando o Sr. Lorenzo diante dos jornalistas.
Num impulso, Lorenzo se ergueu bruscamente da cadeira, decidido a confrontar Mika.
Entretanto, Marcelo o deteve com firmeza e, o encarando, advertiu:
— Calma aí. Você roubou o amor da vida dele, não é mesmo? Ser difamado um pouquinho é o de menos. O coitado perdeu a felicidade que poderia ter tido por toda a vida.
Por um instante, Lorenzo ficou paralisado pela surpresa. Logo em seguida, porém, irrompeu numa gargalhada espontânea.
— É verdade mesmo. — Concordou ele, relaxando os ombros. — Se isso faz bem par