Com ar de espanto, Marcelo encarou Michele de cima a baixo após receber a reposta de Esther.
— Por que você está vestindo as roupas da Esther? Por acaso está sem nada para vestir agora? — Indagou ele, arqueando as sobrancelhas. Sem esperar resposta, tirou um cartão do bolso e o estendeu na direção da tia. — Vai às compras se quiser. Não há necessidade de poupar meu dinheiro.
Michele recebeu o cartão, o girando entre os dedos antes de soltar uma provocação:
— E se eu torrar tudo? Sua esposa vai ficar a ver navios?
A cena que se seguiu pegou Michele de surpresa. Marcelo abriu um sorriso largo e, num gesto afetuoso, envolveu Esther em seus braços.
— Todo meu dinheiro já está nas mãos da Esther. Isso aqui.. — Apontou para o cartão. — É apenas minha mesada.
— Está brincando, né? — Michele franziu o cenho, incrédula. Como presidente de um conglomerado empresarial, entregar tudo nas mãos de Esther parecia loucura. Não se tratava de alguns trocados, mas de uma fortuna incalculável.
Ao contempl