Alicia despertou nos braços de Victor, sentindo a respiração quente dele tocar sua nuca. O peito firme dele subia e descia suavemente, e por alguns minutos ela apenas ficou ali, ouvindo o compasso do coração que, de forma estranha, parecia sincronizar-se com o seu. Havia paz naquele silêncio. Uma paz rara.
Mas não havia tempo.
Ela se levantou devagar, caminhou até o banheiro e, quando voltou, Victor já estava sentado na cama, ainda sem camisa, com os olhos claros a observá-la como se ela fosse a única coisa viva no mundo.
— Está pronta? — ele perguntou, com a voz rouca da manhã.
— O mais pronta que eu poderia estar — respondeu, tentando sorrir, mesmo com o nervosismo girando no estômago.
Victor vestiu-se com elegância discreta, e juntos saíram cedo, ainda antes do movimento da cidade começar. Ele havia enviado uma mensagem para seu amigo de confiança, ginecologista renomado que atendia discretamente em uma clínica privada em Notting Hill. O médico era reservado e já esperava por eles