O relógio marcava quase duas da manhã quando o plano começou a tomar forma. O apartamento de Arun, agora o quartel-general não oficial do trio, estava mergulhado em uma penumbra tensa, iluminado apenas pelas telas dos notebooks e pelos mapas e documentos que forravam a mesa de centro. Pravat, com os olhos fundos pela exaustão, observava as informações como se estivesse tentando decifrar uma fórmula antiga. Bela digitava freneticamente, cruzando dados, nomes e datas. E Arun, metódico, revelava as engrenagens ocultas do que parecia um plano de dominação invisível.
— Isso não é só sobre a Silken — disse Arun, pausadamente, como quem mede cada palavra. — É sobre controle.
Ele se levantou da poltrona, com uma pasta de couro nas mãos. Dentro dela, havia páginas amareladas, documentos antigos do avô de Pravat, arquivos digitais criptografados, fotos borradas de reuniões clandestinas. Tudo apontava para o mesmo destino.
— O Projeto Neve Silenciosa foi iniciado décadas atrás, por seu avô, Prav