Três dias. Esse era o tempo que restava até a reunião executiva da Silken — e a data marcada para o lançamento oficial da nova geração de compostos “inteligentes” da empresa. Com a data se aproximando, a tensão no pequeno apartamento em Bangkok aumentava a cada hora.
Arun transformara seu lar em um centro de operações improvisado. Cabos, telas, transmissores e mapas cobriam as superfícies. Enquanto Bela ajustava detalhes de acesso ao sistema interno da Silken, Pravat revisava um arquivo que fazia seu estômago revirar. Eram fotos de testes feitos em voluntários — ou melhor, vítimas — de comunidades isoladas. Gente que não sabia que vestia tecidos impregnados com compostos capazes de monitorar seu corpo em tempo real.
— Isso aqui… — murmurou ele, com os olhos fixos na imagem de uma mulher idosa com manchas estranhas nos braços. — Isso ultrapassa qualquer limite ético. Isso é crime contra a humanidade.
— Exatamente por isso vamos expor tudo — disse Bela, se aproximando. — Mas para isso,