Ricardo afrouxou a gravata enquanto olhava para o celular, mas sua mente estava longe. Sentado no banco de trás do carro, ele encarava a tela sem realmente ver o que estava nela. Algo o incomodava profundamente, mas ele não queria admitir, nem para si mesmo. A imagem de Rosa, tão impecável e deslumbrante ao lado de Francesco, não saía da sua cabeça. Aquela visão o afetou de uma maneira que ele não entendia completamente.
"Ela está diferente", — pensava, mas não era só a aparência que o perturbava, era a confiança, o olhar dela, a forma como conseguia abalar o controle que ele tanto prezava.
Rebeca, sentada ao seu lado, observou o desconforto evidente e, com um sorriso provocador, inclinou-se para mais perto.
— Alguma coisa errada, Ricardo? — perguntou ela, com a voz suave, mas carregada de segundas intenções. Seus dedos tocaram o braço dele com leveza. — Ou podemos ir direto para o seu quarto? — sugeriu, deixando sua proposta no ar.
Ricardo se mexeu no banco, visivelmente incomodad