No fim da tarde, uma ligação anônima chegou à central da empresa. O homem falava rápido, com medo.
— Tenho provas de que o incêndio foi armado. E não foi só isso. A mulher que está presa… a tal da Rebeca… ela tem gente do lado de fora. E tá pagando esses ataques com dinheiro desviado da empresa.
— Quem está falando? — Rosa perguntou, com o viva-voz ativado.
— Um funcionário do grupo de manutenção. Fui pago pra desligar o alarme naquela noite. Mas me arrependo. Eles vão me matar se descobrirem que falei. Preciso de proteção.
Ricardo olhou para Rosa. Ambos sabiam o que fazer.
[…]
Na manhã seguinte, Rosa e Ricardo acionaram a polícia, entregaram o nome do denunciante e solicitaram proteção federal para ele. O depoimento foi aceito, e a investigação oficial foi reaberta. Novos mandados foram emitidos, e dois ex-funcionários da empresa ligados a Arthur foram presos.
Foi durante a análise de documentos bancários que a verdade veio à tona: Rebeca, mesmo presa, movimentava dinheiro de