À noite, já em casa, Ricardo a esperava na varanda, tomando vinho com o notebook no colo.
— E então? Como foi o encontro?
Ela se sentou ao lado dele, largando a bolsa com força.
— Ele me ofereceu tudo. Equipe, projeto, liberdade. Em Londres.
Ricardo assentiu devagar.
— E você?
— Recusei. Disse que minha luta é aqui.
— Então por que está com esse olhar?
Ela olhou nos olhos dele, intensa.
— Porque eu quero crescer, Ricardo. Mas não quero que ninguém me use como arma contra você. Ou que ache que eu tô aqui por caridade.
Ricardo deixou o notebook de lado.
— Você está aqui porque é o coração dessa empresa. E o meu também. E se quiser ir pra Londres, eu vou com você. E se quiser ficar, a gente constrói um império novo. Juntos. Mas nunca, nunca pense que alguém vai te diminuir enquanto eu estiver por perto.
Ela se jogou no colo dele, emocionada.
— Tô com medo, Ricardo. Do que ainda vem pela frente. De Heitor. De tudo.
— Medo é só o corpo avisando que estamos prestes a fazer algo grande. E vo