22. Naturalidade Assustadora
Meu coração bate rápido demais, mas meu rosto permanece inalterado. Viktor me avisou:
— Se demonstrar fragilidade lá dentro, senhorita, será vista como fraca. E quem parece fraco… vira alvo fácil.
Então, finjo. Ergo o queixo, respiro fundo e visto minha máscara.
Para quem vê de fora, talvez eu pareça uma noiva ansiosa por se casar com o amor da sua vida. Um engano perfeito.
A verdade? Estou prestes a ser entregue a um homem que não conheço… por outro que me destruiu.
Viktor sai primeiro e abre a porta para mim. Me encara por um segundo, como se reforçasse com o olhar tudo o que já disse.
— Seja forte.
Assinto com sutileza, forçando o corpo a obedecer. Desço do carro com a elegância que aprendi a dominar — não por vaidade, mas como armadura.
James me espera a poucos passos, com o braço estendido. Um gesto vazio, quase cínico, vindo do mesmo homem que passou vinte e três anos me ignorando e quebrando cada parte de mim. Ele não diz nada. Apenas me espera.
E eu vou.
Porque nesse jogo, hes