David
Minha respiração falha. Sinto um nó se formar na minha garganta, algo quente e doloroso. Não sou um homem que se permite fragilidade, mas agora, na frente dela, me permito.
— Eu sei que errei. Sei que te magoei de um jeito que talvez eu nunca possa consertar... Mas eu te amo. E vou passar a minha vida provando isso para você, se for preciso.
Ela fecha os olhos com força, e mais lágrimas caem. Eu não seguro as minhas. Pela primeira vez, me permito deixá-las escorrer. Deixá-la ver que estou destruído sem ela.
— Eu não posso mudar o passado. — Mas eu posso prometer que nunca mais serei o homem que te machucou. Eu te amo, Lizandra. Mais do que qualquer coisa nesse mundo. Você e os nossos filhos são tudo para mim.
Ela solta um soluço, levando a mão à boca para conter o choro, mas não consegue. Está despedaçada. Assim como eu.
— E se eu não conseguir, David? E se um dia eu acordar e o medo ainda estiver aqui? — sua voz falha, carregada de desespero.
Aproximo-me mais, segurando seu ros