Nara
Derick avança um passo, a raiva irradiando dele como um furacão prestes a destruir tudo ao redor. Meu coração tamborila, mas mantenho a postura firme, segurando seu ombro antes que ele encoste um dedo em Raissa.
— Calma, Derick. — Minha voz é uma lâmina fria, cortante.
— Fui contratada para proteger a Raissa. Mesmo que seja de você.
A fúria queima seus olhos, mas ele respira fundo, como se tentasse e falhasse em conter a tempestade dentro de si. O jantar segue em um silêncio pesado, cada segundo se arrastando como um castigo. Raissa mal toca na comida, e eu também não consigo engolir nada.
Derick paga a conta com movimentos duros, mecanizados. O caminho até a casa dos pais dele é claustrofóbico, o carro uma gaiola sufocante. Ele não diz uma palavra. Assim que deixa Raissa, acelera em direção à própria casa, o silêncio agora um grito silencioso prestes a explodir.
Mal cruzamos a porta e ele me empurra para dentro, o corpo vibrando de tensão. Antes que eu reaja, sua mão agarra me