David
O cheiro de desespero misturado ao ferro do sangue me acerta assim que cruzo a porta do quarto. O ambiente está em silêncio, mas a cena diante de mim grita. Derick está largado na cama, os lençóis manchados de vermelho, o corpo nu, as mãos repousando sobre o peito nu e sujo. O rastro escarlate ainda marca sua pele, um lembrete cruel do que aconteceu ali. E então vejo, o seu pau, ainda manchado de sangue seco.
Meu estômago revira.
Derick levanta a cabeça ao me notar e solta um rosnado baixo.
— O que diabos você quer, David? — Sua voz é rouca, arrastada, como se ele mesmo estivesse tentando processar tudo.
Eu não respondo.
Meus dedos vão até os botões da minha camisa, arrancando-os um a um. Jogo a peça no chão sem cerimônia. Ele nem tem tempo de reagir, o meu punho já encontra seu rosto com força suficiente para fazer sua cabeça bater contra a cabeceira da cama. O som seco do impacto ressoa pelo quarto.
— Porrah, David! — Derick tenta se defender, seu próprio punho acertando meu m