Derick
O bar vibra ao som da música, uma batida incessante que combina com o frenesi no meu peito. Não deveria me importar. Não deveria sequer estar aqui. Mas estou. E é impossível ignorar a cena diante dos meus olhos: Daniel Malta, escorado no balcão, com Maia pendurada no pescoço dele, a língua dos dois se entrelaçando sem pudor. Uma raiva surda me invade, mas não por Daniel. Não por Maia. Por Raissa. Pela forma como ela continua impassível ao meu lado, como se não estivesse vendo nada.
— Olha só — digo, a voz mais ácida do que pretendia, parece que seu "namorado" já encontrou um novo passatempo.
Raissa dá de ombros, tranquila demais.
— E daí?
Minha testa se franze.
— E daí? Você não vai dizer nada? Não vai surtar?
Ela me encara, a boca curvando em um meio sorriso debochado.
— Derick, ele só tirou minha virgindade porque eu quis. Cansei de ser virgem, apenas isso. E foi uma maravilha, para falar a verdade. O pau dele é tudo de bom... grande e grosso, uma delicia!
Ela sorri mais, cín