Daniel
O tédio é um veneno. Um veneno que corrói, que me deixa inquieto, com os nervos pulsando e a necessidade de aliviar a tensão. E eu já sei exatamente como. Pego o celular e deslizo os dedos até o nome que me interessa. Maia.
— Onde você está? — digito direto ao ponto.
A resposta vem quase instantânea:
— Em casa. Entediada.
Sorrio. Isso facilita as coisas.
— Estava pensando em nós. Naquele dia, depois da aula... Você sabe. Preciso matar a saudade.
Ela demora alguns segundos para responder, o suficiente para me deixar ainda mais ansioso.
— Também estou precisando, Daniel. Quero transarr com um gostoso.
Rio com seu jeito direto. Eu gosto disso nela. Sem joguinhos. Sem enrolação.
— Estou indo te buscar. Nem precisa perder tempo se arrumando. Aonde vamos, roupas não serão necessárias.
— Vou só tomar um banho e colocar um vestido bem folgadinho... para facilitar na hora.
Maldita provocadora. Arranco as chaves do carro da mesa e saio sem pensar duas vezes.
Quando Maia entra no carro, e