O amanhecer surgiu como um espectro pálido sobre as montanhas gélidas, filtrando-se entre as nuvens densas e os pinheiros cobertos de neve. Elena se encontrava em pé na borda do desfiladeiro, com o vento cortante açoitando seus cabelos. Em suas mãos, o Coração do Início pulsava suavemente, como se guiado por uma batida ancestral.
Aedan aproximou-se, o capuz puxado para proteger o rosto, os olhos atentos como sempre.
— A primeira casa… a Casa da Névoa. Tem certeza que é por onde devemos começar?
Elena assentiu.
— O Primeiro Sangue me disse que Arien está lá. Se essa mulher sobreviveu aos séculos, ela deve saber como unir o que restou. E o Coração reagiu quando mencionei o nome. É como se algo dentro dele… soubesse para onde ir.
Kaela, montando seu cavalo ao lado de Malrik, observava em silêncio. Sua expressão era tensa — não de medo, mas de pressentimento. Os caminhos até a Casa da Névoa não estavam nos mapas, e poucos ousavam falar dela em voz alta.
— Dizem que a névoa em torno da cas