O som da rachadura na Pedra do Eco Lunar reverberou como um trovão sussurrado pelos deuses. Embora sutil aos ouvidos humanos, aqueles que carregavam sangue antigo — lobos, bruxas, guardiões — sentiram em seus ossos a vibração que partia da terra. A ligação entre o selo e o espírito de Aedan estava se agitando. E ninguém sabia o que isso realmente significava.

Kaela chegou à clareira poucos minutos depois, a respiração acelerada e as mãos tremendo de energia ancestral. Elena e Aedan estavam ajoelhados diante da pedra. A fenda que se abrira era estreita, mas clara como o luar: uma linha torta e escura que parecia pulsar, viva, como se o selo tivesse ganhado um coração.

— Aconteceu de novo — murmurou Elena. — Ele se aproximou e… a pedra respondeu.

Kaela se aproximou devagar, traçando o contorno da rachadura com a ponta dos dedos. O calor que emanava dali era diferente do que ela sentira no ritual. Era mais antigo. Mais denso. Como se o próprio tempo estivesse sendo corroído.

Aedan não fa