Dante nunca foi de esperar. Nunca precisou conquistar nada com paciência — até Valentina.
Desde a noite em que ela se recusou a ceder, algo dentro dele virou. Aquela mulher, de olhos cortantes e corpo que incitava o desejo, estava conseguindo o impossível: dominá-lo sem sequer tocá-lo.
E ele odiava... o quanto isso o excitava.
Valentina chegou cedo naquela manhã. Blazer branco, salto fino e o perfume amadeirado que ela sabia que deixava Dante à beira da loucura. Seus passos ecoavam nos corredores como uma declaração de guerra silenciosa. O cabelo preso em um coque despojado deixava à mostra o pescoço nu — uma provocação sutil, cruel, deliciosa.
Na sala de reuniões, uma apresentação aguardava por ela.
E por ele.
Dante chegou cinco minutos depois, como se calculasse o momento exato para ser notado. A camisa cinza realçava o bronzeado da pele, as mangas dobradas exibiam os antebraços fortes, e o olhar… aquele olhar prometia tudo que ele não podia dizer em voz alta.
Valentina manteve-se f