O sol ainda nem havia nascido quando Amber despertou. A noite anterior parecia um borrão: os faróis cortando a escuridão, os olhos frios de Eliano, o som das armas sendo erguidas, a voz firme de Wallace, o calor da mão de Benjamin apertando a sua enquanto tudo acontecia. E agora... o silêncio.
Na cozinha da mansão Willivam, o aroma de café recém-passado preenchia o ar. Amber, vestida com o moletom largo que usava para dormir, descia as escadas como quem carrega um mundo nas costas. Encontrou Maria preparando o café e Victor com cara de sono, mexendo em uma tigela de cereais.
— Dormiu bem? — perguntou Maria, virando-se para ela com um olhar materno.
Amber hesitou.
— O suficiente.
Victor se levantou, se aproximou e a abraçou em silêncio. Não era preciso dizer nada. Aquela era uma vitória. Mas vitórias, por vezes, também deixam marcas.
Mais tarde, enquanto Benjamin lia um relatório do detetive Wallace na sala de estar, Amber se sentou ao lado dele. Passou os dedos sobre a mesa, dis