XLV. O Sabor Amargo do Vínculo
O vento gélido das Montanhas Cinzentas chicoteava os rostos dos lobos exilados, carregando o cheiro acre de terra e a promessa sombria de batalha. Dominic, em sua forma humana novamente, observava Lilith interagir com sua matilha. Havia uma selvageria contida em seus movimentos, uma autoridade inquestionável que emanava dela sem esforço. A aliança era frágil, construída sobre um ódio mútuo pela Casa de Sangue e a necessidade desesperada de Dominic.
— Estão prontos — disse Lilith, voltando-se para ele com um brilho predatório nos olhos verdes. — Meus guerreiros anseiam por sangue fresco. E o sangue de Ezra… bem, esse será um bônus interessante.
Dominic assentiu, a impaciência roendo suas entranhas. Cada segundo que passava era um tormento, a imagem de Serena ajoelhada no templo, a voz fria de Ezra ecoando em sua mente. Aquele fio tênue de dor que ele sentira através do vínculo… era como uma agulha cravada em seu coração, lembrando-o constantemente do que estava em jogo.
— Precisamos se