LII. O Coração Indivisível
Elara finalmente havia desvendado o enigma que pairava sobre a resistência do vínculo entre Serena e Dominic, uma teia invisível que desafiara a magia ancestral da Casa de Sangue. O silêncio que se seguiu à sua revelação era carregado não apenas de choque, mas de um suspiro coletivo de esperança, um breve alívio na atmosfera densa de apreensão. Serena sentia o eco daquelas palavras vibrar em cada célula de seu corpo exausto, uma melodia suave que começava a dissipar a dissonância da dúvida, aquecendo a fria pontada de incerteza que se aninhara em seu coração. Seu filho. O fruto de seu amor por Dominic. A certeza, plantada pelas palavras firmes do curandeiro, florescia timidamente em seu interior, um pequeno broto de alegria rompendo o terreno árido de sua provação.
Elara, com a paciência dos séculos gravados em suas rugas, explicou o intrincado ballet de energias que seus sentidos aguçados haviam captado. Ao traçar runas de cura sobre o ventre de Serena, buscando aliviar a dor e resta