XI. Fogo e Fúria
A tensão pairava no ar como eletricidade antes de uma tempestade. Dominic não tirava os olhos de Serena, o olhar carregado de algo que ela não conseguia decifrar completamente—raiva, frustração, talvez até um resquício de algo mais profundo, mais primitivo.
— Você tem ideia do que isso significa, Serena? — A voz dele era um rosnado baixo, perigoso.
Ela engoliu em seco. O cansaço do dia, a ansiedade crescente e agora a intensidade sufocante de Dominic estavam começando a irritá-la.
— Eu não sou burra, Dominic. É claro que sei o que significa.
Os olhos dele brilharam com algo perigoso.
— Então por que diabos você está agindo como se isso não fosse grande coisa?
Serena cruzou os braços, tentando manter a compostura.
— O que você quer que eu faça? Que me tranque aqui e espere vocês resolverem minha vida por mim?
— Se for isso que for necessário para te manter viva, sim.
Ela sentiu um calor subir pelo corpo—e não era apenas raiva. O jeito como ele falava, o domínio que exalava em cada pala